sexta-feira, 11 de março de 2011

Na Basílica de Santa Sabina, Papa diz que a Quaresma convida o cristão a se abrir à graça de Deus

Roma (Quarta-feira, 09-03-2011, Gaudium Press) A Quaresma, na opinião comum, "corre o risco de ser um sinônimo de tristeza, da monotonia da vida", quando ela é, ao contrário, "tempo forte e denso de significados no caminho da Igreja". Foi o que disse o Papa Bento XVI, na homilia da Missa da Quarta-feira de Cinzas, que dá início à Quaresma, celebrada hoje na Basílica de Santa Sabina. O pontífice, seguindo a tradição, participou do percurso das "Estações" na procissão que saiu da Igreja de Santo Anselmo, no Aventino, e culminou na Basílica de Santa Sabina.
Refletindo sobre as Leituras de hoje, o Papa recordou que a conversão não pode ser "superficial e transitória", mas se trata de "ter atenção em profundidade aos comportamentos da consciência e supõe um sincero propósito de arrependimento". Lembra uma conversão "autêntica", isto é, reconhecer o amor, a potência e uma misericórdia regeneradora de Deus. A conversão à qual são chamados os cristãos, ponderou o Santo Padre, não é "somente uma obra humana", mas o dinamismo do "coração contrito, atraído e movido pela graça a responder ao amor misericordioso de Deus".
Bento XVI pediu aos cristãos que, durante a Quaresma, "testemunhem a fé vivida em um mundo em dificuldade, que necessita voltar para Deus, que necessita de conversão", porque "todos podem abrir-se à ação de Deus, ao seu amor". "Com nosso testemunho evangélico, nós cristãos temos que ser uma mensagem viva; aliás, em muitos casos somos o único Evangelho que os homens de hoje leem ainda", disse o pontífice.
O Papa falou ainda sobre a importância das três mais fundamentais práticas quaresmais: a esmola (caridade), a oração e o jejum, que são "o roteiro da pedagogia divina". "Jesus não pede um respeito formal a uma lei estranha ao homem, imposta por um legislador severo, como uma carga pesada, mas convida a redescobrir estas três obras de piedade vivendo-a de maneira mais profunda, não por amor próprio, mas por amor de Deus, como meios no caminho de conversão a Ele", declarou.

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