domingo, 31 de julho de 2011

31 de Julho - Santo Inácio de Loyola

Santo Inácio de Loyola Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo "uma alma maior que o mundo".

Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: "São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer".

Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem "tudo para a maior glória de Deus", pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus "famosos" Exercícios Espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus. A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: "O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo".



Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora "com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade", repetia.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

sexta-feira, 22 de julho de 2011


No cargo há quatro anos e meio, o secretário geral do CONIC, Luiz Alberto Barbosa, também reverendo da Igreja Anglicana (IEAB), fala sobre o CONIC, ecumenismo, diálogo inter-religioso, e faz planejamento para os próximos anos. De um jeito bem simples, mas aprofundado, Luiz explica que “ainda há muito que se fazer em prol da causa ecumênica que, em muitas igrejas, engatinha”. Formado em direito e teologia, com mestrado em ciências da religião, Luiz é um entusiasta do trabalho que desenvolve à frente da Secretaria Geral e, por isso, é um dos defensores da causa da unidade. “Quero ver o CONIC ainda mais forte nos próximos anos, desempenhando papel fundamental junto às Igrejas para a promoção do diálogo entre os cristãos, e também entre os cristãos e as outras religiões”. Confira a íntegra da entrevista!

CONIC: Rev. Luiz, como você vê o desenvolvimento do ecumenismo no Brasil e o progresso do diálogo inter-religioso com religiões minoritárias?
O Brasil é um país continental, com uma grande diversidade étnica, cultural e religiosa. Pela nossa história de colonização, a cultura judaico-cristã acabou moldando muito do jeito de ser e pensar do brasileiro, o que faz com que muitos desconheçam a riqueza da diversidade presente no Brasil, principalmente no campo religioso. Existe um grande vazio de conhecimento, mesmo entre os cristãos das diferentes Igrejas. Esta falta de informação e conhecimento não é só por parte do povo, dos fieis, mas em grande parte dos líderes religiosos percebemos uma lacuna na formação, voltada para as teologias internas de cada denominação, que geralmente exclui e diminui a religião do próximo, que é diferente da sua. Neste contexto, o ecumenismo adquire importância fundamental, pois apenas através do diálogo e da convivência com o próximo é que aprenderemos a respeitar as diferenças e valorizar aquilo que temos em comum. Estar aberto ao outro, conhecer a sua cultura, seu modo de pensar e agir, essa é uma das premissas da atuação do próprio Cristo, que dialogava com todos, samaritanos, fariseus, mulheres, crianças, pobres e ricos.
O cristianismo, na sua origem, nunca foi uma religião excludente, e por isso mesmo ser cristão significa ser ecumênico. A divisão dos cristãos é um contra testemunho para o mundo e deturpa a mensagem de Jesus. Quando pensamos assim, percebemos o tanto que ainda tem que ser feito para que os valores do Reino sejam vividos plenamente neste mundo. Se o ecumenismo, o diálogo e a busca da unidade entre os cristãos é uma premissa, o diálogo com as outras religiões se torna imperativo. O cristianismo, em suas diversas matizes, é fruto do diálogo intenso ocorrido com diferentes povos e culturas. Particularmente, acho no mínimo engraçado alguns cristãos fundamentalistas, que exatamente por não conhecerem o caldeirão religioso-cultural no qual o cristianismo se formou, acabam se fechando ao diálogo com outras religiões, com medo de serem contaminados por heresias.

CONIC: O que pode ser feito por parte das igrejas-membro do CONIC para que outros cristãos, de fato, se engajem nas causas ecumênicas?
As Igrejas do CONIC, formadas hoje pela Igreja Católica Romana, pela Igreja Episcopal Anglicana, pela Igreja de Confissão Luterana no Brasil, pela Igreja Presbiteriana Unida e pela Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia deveriam investir mais na formação interna dos seus fieis e dos seus líderes, mostrando a riqueza que como cristãos carregamos, com todas as nossas tradições litúrgicas, musicais, teológicas. A formação é essencial. Ninguém ama aquilo que não conhece. A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é um dos instrumentos que o CONIC oferece às Igrejas para ajudar nesta reflexão. Outro aspecto que as Igrejas poderiam aproveitar mais é no trabalho diaconal em comum, ou seja, se as Igrejas possuem alguns entraves nas questões teológicas, estas são superadas quando o objetivo é ajudar o próximo. Vivenciamos isto no ano passado com a terceira edição da Campanha da Fraternidade Ecumênica, em que as Igrejas unidas na solidariedade, apoiaram 229 projetos em todo o Brasil. Estes exemplos mostram que a união dos cristãos é possível. Não é necessário todos pensarem igual ou agirem de igual modo, isto não acontece nem nas famílias, mas no respeito e no diálogo podemos estar unidos. Creio que o exemplo de convivência pacífica e de abertura ao diálogo, com trabalho diaconal, são as melhores maneiras das Igrejas darem testemunho ao mundo. Quero ver o CONIC ainda mais forte nos próximos anos, desempenhando papel fundamental junto às Igrejas para a promoção do diálogo entre os cristãos, e também entre os cristãos e as outras religiões.

CONIC: Cresce o número de pessoas que apóiam o diálogo e a unidade dos cristãos. Como você avalia esse crescimento?
A mídia tem ajudado bastante a mostrarmos as ações conjuntas das Igrejas, principalmente nas questões sociais e na esfera governamental. Esta visibilidade das ações e programas desenvolvidos pelo CONIC faz com que muitas pessoas se sintam interessadas na causa ecumênica. Por outro lado, existe uma má compreensão por parte de alguns do que venha a ser ecumenismo, como se fosse o objetivo de todas as Igrejas se unirem, tornando-se apenas uma Igreja. Na realidade, existe apenas uma Igreja de Cristo, que se manifesta de diferentes maneiras. Nenhuma é melhor ou maior do que a outra, elas são apenas diferentes. O que o ecumenismo mostra é que, ao conhecermos os diferentes modos de ser Igreja, nos reconhecemos como cristãos, nos sentimos parte da mesma família, mesmo dentro da diversidade. Creio que o objetivo maior do ecumesnismo seja esse, a Unidade na Diversidade, e esse pode ser o atrativo para muitos que querem manter a sua identidade dentro de um grupo diverso. Ao mesmo tempo, percebo uma crise de identidade, em que a falta de informação faz com que determinados grupos religiosos acabem por se isolar. Para ser ecumênico é necessário ter a sua identidade religiosa sólida, bem fundada, o que permite o diálogo com o outro sem se sentir ameaçado. Como falei no início, com a maior divulgação pela mídia e também com uma formação sólida dentro de cada Igreja, mais e mais pessoas se sentirão confortáveis em abraçar a causa do diálogo e da unidade dos cristãos.

CONIC: Quais seus planos enquanto secretário geral do CONIC para os próximos anos?
O cargo de secretário geral é de confiança das Igrejas e da Diretoria do CONIC. Estamos iniciando uma nova fase na gestão do Conselho, com a nova Diretoria que tomou posse em março deste ano. Penso que o maior desafio, que já não é de agora, é a questão da sustentabilidade financeira das Igrejas e dos organismos ecumênicos, dentre eles o CONIC. Penso em trabalhar em conjunto com a Diretoria para conseguir os recursos necessários para a condução de todos os projetos e programas previstos em nosso plano operacional. Fazer com que o ecumenismo saia da esfera oficial, dos dirigentes das Igrejas, e chegue às bases ainda é um grande desafio. Em sua origem etimológica, ecumenismo significa Casa de Todos, acho que como secretário geral do CONIC este seja o meu maior objetivo, fazer com que todos se sintam em casa. A casa não é minha, a casa é nossa. Quando assumi como secretário em fevereiro de 2007, disse que o CONIC estava aberto para ser a casa de todos, e este continua sendo o meu plano fundamental: que muitas outras Igrejas e organizações ecumênicas se aproximem e percebam que o CONIC é a casa da unidade de todos nós.

Fonte: CVX Brasil

terça-feira, 12 de julho de 2011

Mutirão, comunicação e vida


"Comunicação e vida: diversidade e mobilidades", tema do 7º Mutirão de Comunicação, tem por objetivo motivar as comunidades brasileiras a refletirem sobre a comunicação relacionada com a vida cotidiana e suas expressões que acolhem a diversidade que somos e as mobilidades que experimentamos na cultura contemporânea. Não se vive sem a comunicação. Só existimos porque nos comunicamos. O outro nos constitui assim como cada um de nós se elabora no processo comunicativo. Na leitura, na visão, na imaginação ou no diálogo construímos nossa vida nas diferenças que observamos fora de nós. Essa é a grande obra da Criação que nos fez diversos, únicos, incompletos, limitados, para buscarmos a perfeição e a felicidade na existência que nos é dada. É a permanente luta pela melhora de si e do mundo que nos foi legado por Deus.

No 7º Muticom, queremos refletir sobre o respeito ao outro, o envolvimento mútuo nos campos social, econômico, político, cultural e religioso, assim como sobre as nossas responsabilidades diante dos desafios do meio ambiente, cada vez mais atingido por modelos equivocados de desenvolvimento do mundo globalizado.

Por isso, vamos discutir, com especialistas e pensadores do nosso meio, em painéis matinais, quatro temas: Documentário, ficção e vida cotidiana, Comunicação como processo de valorização da vida, Jovens, novas comunidades e redes sociais e A representação da felicidade nos processos comunicativos.

Muitas e diversas as atividades estão sendo propostas a todos os que vierem participar do 7º Muticom. Serão acolhidos com carinho e a hospitalidade carioca.
Vamos construir juntos esse lugar de pensar, fazer e propor novas atitudes diante da vida e da comunicação da nossa Igreja. Participe já, neste ambiente amigável, que as novas tecnologias nos oferecem para um diálogo franco e permanente. Sejam todos bem-vindos!

Miguel Pereira
Coordenador Acadêmico do 7o. Muticom

domingo, 3 de julho de 2011

Diretoria das Congregações Marianas Participam dos Exercícios Espirituais

 A Diretoria da Federação das Congregações Marianas e da Coordenação Estadual Rio de Janeiro (CORERJ), junto com lideranças do JAM e EAFEM, participaram dos Exercícios Espirituais, tendo como orientador o sacerdote jesuíta Luiz Fernando Klein, na Casa de Retiros Padre Anchieta (CARPA), em São Conrado, nos dias 24 a 26 de junho.
O tema central ficou ancorado no Livro de Isaías (Is 54,2-4): Pois quando Deus fala para alargarmos os espaços da nossa Tenda, será como um olhar sobre nossa realidade. Será que estamos abertos para o próximo? Será que não devemos abrir mais o espaço para outros se achegarem? Temos procurado viver esta amplitude? Mas, como convencer o outro a esta abertura?
Somos três: CC.MM., JAM e EAFEM, o que devemos buscar é a unidade, e o que nos une é a Consagração a Nossa Senhora. Todos juntos deveremos pensar sobre isto. Tanto às CC.MM., JAM e EAFEM, precisam alargar os espaços na Tenda para que outros venham. Na mesma Tenda (amparados pela força de nossa Consagração), que é a força do Espírito de Deus, deverão estar os três , buscando cada um a seu modo, mas unidos.
Abrir espaço para o outro e não devemos nos deter, devemos ser ambiciosos de amor, com vontade de ajudar uns aos outros. Assim, como a CORERJ e Federação Mariana que financiam parte deste EE, para que todos tenham esta vida em Cristo
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Estender as cortinas, alongar as cordas, reforçar as estacas. Nesta Tenda caberá muitos outros e não podemos ser mesquinhos. Precisamos fazer isto juntos. O que fará garantir todos na mesma Tenda, será o Amor de Deus. E o Amor de Deus é o próprio Espírito que procede do Pai e do Filho, para nosso bem, nosso conforto, provocando em nós uma agitação, assim como fez com a Virgem Maria. Pois, somente com esta abertura e de mãos dadas poderemos transbordar para a direita e para a esquerda.
Neste transbordamento vem a descendência. Quem é a descendência das CC.MM., senão o JAM e o EAFEM, e os convidados que ainda não são consagrados. Mas todos devem ser acolhidos nesta Tenda, onde deve brotar o Amor para que nada se disperse.
A palavra do profeta é rica de bênçãos e atualiza para nós na realidade da vida, no mundo concreto. Pois, quando o profeta diz “tua descendência” (JAM, EAFEM), se apoderará de outras terras e repovoará cidades abandonadas. Não será igual, ao que hoje já acontece com a Juventude Mariana, povoando lugares que há muito não tinha mais congregações marianas e que agora estas terras que antes com paróquias sem congregação, a Juventude Mariana suscita. Não é um ampliar da Tenda? – Mas deve se cuidar, para não se criar mais um nome “Juventude Mariana”. Devemos voltar a Tenda e descobrir uns com os outros como melhor viver a nossa Consagração. Quando termina a Juventude Mariana e começa uma Congregação Mariana.
O profeta continua a nos incentivar. Não temas! Não se envergonhe! Caminha, vá adiante, não se incomodem com o que digam ou pensam, pois, o que vale é a essência da coisa, ou seja, a Consagração que um dia fizemos a Nossa Senhora. Esta Consgração é tão relevante, que buscamos outros para continuar esta obra. Todos devem vir para a Tenda, lá o Amor existe, e provoca uma consolação sem igual. Lá estamos todos juntos, com Jesus e Maria.
A busca da unidade, tantas vezes difícil, que nos faz às vezes pensar em desistir. Mas, desistir é olhar para trás, por isto diz o profeta: “não se humilhe, para não ficar confundido“. Devemos fazer como no “lucernário”, deixar o coração livre para a luz do céu entar. Esta luz irá nos conduzir, pois esta luz é Jesus. Esta luz não causa confusão, a confusão está no nosso coração, quando nos deixamos ser levados pelo inimigo.
O profeta ainda acrescenta que devemos esquecer a condição vergonhosa de nossa mocidade, que é justamente a condição na qual chegamos aqui nos E.E., querendo deixar a mocidade e sairmos daqui amadurecidos e fortalecidos na fé. Estamos aqui, para nos moldar, sairmos maduros em Cristo, uma pessoa nova, querendo crescer, por isto estamos aqui buscando soluções junto ao Senhor, para o nosso caminhar. Se viemos aqui, não pensando nesta abertura, o que adiantou? Todos devemos entrar na Tenda, cada um no seu jeito e a seu modo, mas não perdendo o objetivo que é de fortalecer a nossa Consagração a Nossa Senhora, para sermos bons discípulos/missionários do Reino.
Enviado por: Marcio Blois - CCMM
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